Uma árvore grandiosa

O Guapuruvu (Schizolobium parahyba) é uma árvore nativa, pertencente a uma das grandes famílias no Brasil, as fabáceas (antigas leguminosas). Plantamos uma no fundo do sítio há 13 anos... ela cresceu muito, quase 10 metros de altura, mas sofreu muito também! Não sabíamos que o pessoal vizinho iria provocar tantos incêndios gratuitos e no último deles - há dois anos - a temperatura subiu demais, por volta de uns mil graus, de modo a cozinhar os ramos expostos ao calor, queimados não pelo fogo mas pelo efeito dele.

Pensamos que iríamos perdê-la, mas ela está se recuperando... veja ela formando uma nova camada de "pele" verde, cicatrizando-se nos ramos principais... talvez ela ainda perca alguns dos ramos... aqueles cuja cicatrização está muito lenta, permitindo a morada de brocas, os terríveis insetos que vão devorando as árvores por dentro.

Veja o lado saudável dela, dentro do sítio da PK, num final de tarde. Não é linda?

Depois, veja o lado doente, que foi exposto ao calor do incêndio, tentando se recuperar...

Vamos torcer por ela e que sua grandiosidade vença esta grande ameaça a sua vida.

Fantasias, lendas e sonhos

As fotos foram tiradas num entardecer chuvoso... mas em plena estação seca (entre Julho e Setembro)! Algo inusitado no Sítio da PK! As figuras coladas nos vidros da janela são de plástico, adesivos que guardei desde que eu tinha uns 10 anos de idade. São representantes de algumas das lendas alemãs, reunidas nos famosos Contos de Grimm... veja se você reconhece o Gato de Botas! E João e Maria! Mais dois anõezinhos da Branca de Neve.

Como as figuras em movimento ficaram com efeito mágico contra o fundo verde enevoado e as gotas de chuva, achei que deveria mostrar "para o mundo".

Na verdade, eu havia colado os adesivos para sinalizar aos beija-flores que aquilo era uma janela, e não o céu azul refletido, que os fazia se chocarem contra eles, podendo se ferir. A outra foto foi na mesma data, porém com o sol já posto, mostrando o reflexo do flash, que acabou se parecendo com uma estrela, em uma galáxia distante, pronta para entrar em contato.
Assim... com muito pouco pode se sonhar também e criar muitas fantasias imaginárias... Nossa imaginação alarga os limites quando tem material para viajar... Meu "material" começou quando eu era uma menina de seis anos de idade, e me liam os Contos de Fadas, todas as noites, antes de adormecer...

Fazendo Arte com Dálias

Ao caminhar pelo jardim, num desses dias, perto de um dos canteiros de dálias, vi sobre a grama uma pétala amarela. Achei tão artística que decidi fotografá-la.
Com a foto na tela, dei mais um passo e apliquei um filtro chamado "traçar com fractal", do GIMP/LINUX. Nomes informáticos à parte, o resultado ficou muito bom... que você pode conferir nas fotos!

Dálias em pleno Verão

Minha mãe me contava que, quando era criança, colhia dálias nos diversos canteiros no jardim, para dar de presente de aniverśario para meu avô, no mês de Agosto, pleno verão na Alemanha. E ela ainda me dizia "elas sempre voltam... não fique triste", repetindo o que seu pai lhe dizia, quando os canteiros ficavam feios, depois de um mês, pois ela ia substituindo as dálias no vaso, deixando a impressão de que as flores estavam sempre frescas.
Isto foi há uns 80 anos, em 1930, época da Grande Depressão, quando ninguém tinha dinheiro para comprar presentes, nem os baratos, menos ainda os mais caros. E dálias sempre foram vistosas e nunca decepcionaram quem as cultivasse...
São plantas de bulbo, ou seja, batatas. Você pode comprá-las ou encomendá-las até por Internet - www.premiumseeds.com.br - como fiz com as que você pode ver nas fotos. Semelhantes às orquídeas, todo ano elas voltam, principalmente se você se lembrar de adubar os canteiros na época em que as batatas tornam à vida, ou seja, no começo da primavera, para florirem no verão...
Embora os seres humanos não se liguem muito para as estações do ano, principalmente em países de latitude entre zero e trinta e cinco graus, como no Brasil, as plantas e os animais são totalmente controlados pelas estações do ano. Isto pode ser estranho para nós que vemos as flores como algo bonito e decorativo... mas elas parecem saber disso e nos conquistam para ajudarmos a multiplicá-las, levando-as para casa, plantando-as em nossos jardins, permitindo-se cultivar até para fins comerciais. "Como elas não têm pernas para se mover de um lugar para outro e garantir sua continuidade se espalhando pelo mundo, elas usam as nossas, além de outros artifícios como os ventos, a pelagem de mamíferos, os cocozinhos dos passarinhos que comeram suas sementes".